
Como todas as pessoas, tenho habilidade para algumas coisas e não tenho para outras. Houve um tempo em que eu tive medo da tecnologia. Medo de não me adaptar à internet, de ficar ultrapassada... Lembro-me de uma época em que o computador era minha ferramenta de trabalho num curso de idiomas. Eu ainda não tinha PC em casa. Nossa! Como apanhei!! Mas aprendi e hoje não tenho mais medo desse “bicho papão” chamado computador. Gosto de navegar, de “orkutar”, de teclar... enfim, virei “internauta”.
Ainda demoro um pouquinho para me familiarizar com certos aparatos eletrônicos. Quando estou diante de um novo modelo de celular ou tenho que instalar um DVD ou algo do tipo, ainda apanho um pouco. Se tenho quem faça por mim, confesso que me acomodo. É que sou de uma geração que não nasceu “conectada”. Na minha época - Ai! Quando falamos isso, não tem mais jeito, estamos saindo mesmo da juventude e caminhando para a maturidade ou sei lá como chamam agora. Mas, na minha época de escola, os professores não precisavam competir com celulares, MP3, MP4...MP 1000. Naquela época já não era tão fácil, mas agora, diria que está mais complicado atrair a atenção dos adolescentes, uma geração que, em sua maioria, sofre da SPA – síndrome do pensamento acelerado. Muitos jovens não têm paciência para ficar horas assistindo às aulas, não querem “perder” tempo lendo um livro, preferem buscar no “Google” um resumo da obra. E por contentarem-se com os resumos, perdem a essência da obra, perdem seus melhores capítulos, não se aprofundam. E como no filme “Click”, estão querendo acelerar tudo... E podem acabar por perder o melhor da vida.
Elisângela Furtado
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