Seja bem-vindo!































Neste blog exponho um pouco do meu modo de pensar e de sentir. Aqui expresso o que penso sobre o ser humano, a sociedade em que vivemos e a vida de um modo geral. Aquele abraço!































































































































Elisangela Furtado

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Neste blog exponho um pouco do que penso e sinto sobre o ser humano, a sociedade e a vida de um modo geral. Espero que de alguma forma os meus textos possam levá-lo(a) a refletir um pouco sobre a arte de viver.

Um forte abraço!



Elisângela Furtado

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sábado, 14 de abril de 2012

Aprendendo a contemplar


Na ultima semana resolvi ir com uma amiga da adolescência visitar a exposição das obras da pintora modernista Tarsila do Amaral. Nunca me diverti tanto numa exposição!
Quando soube da exposição, anotei em minhas notas autoadesivas do computador para não deixar de ir...
Minha amiga compareceu ao CCBB um dia antes do combinado! E quando me ligou, percebeu o equivoco... Eu, que normalmente desligo o celular enquanto dou aula, havia o esquecido ligado e já que tocou , atendi... Ela só não estranhou mais o barulho da minha turma porque leciona para turminhas tão ou mais agitadas quanto a minha, conforme fiquei sabendo depois. Professores quando se juntam acabam caindo no lugar comum: sala de aula.
Ela errou o dia, eu a artista! Cheguei antes dela e ao ver uma funcionária do CCBB que supus ser uma guia,junto a um grupo de alunos, aproximei-me e perguntei se o grupo iria assistir a exposição da Anita Malfati... Ela educadamente, corrigiu-me: “Da Tarsila do Amaral” e para não me deixar mais sem graça do que eu fiquei, complementou: “Não tem problema, eram da mesma época, ou eram amigas, algo assim”.
Descobri que se quisesse uma visita mediada deveria agendar. Após a chegada da minha amiga, nos dirigimos ao segundo piso e descobrimos que a próxima visita mediada iria demorar cerca de 2 horas, então decidimos fazê-la sem mediador... Sábia decisão! Jamais teríamos aprendido tanto sobre as obras da Tarsila.
Entre uma obra mais famosa e outra, encontramos algumas que não conhecíamos e tentamos decifrá-las... Com o mediador não teríamos divagado tanto, nem nos divertido também ... Tudo que eu sabia sobre a artista era que “Abaporu”, seu mais famoso quadro significa “ Homem que devora gente” e faz uma critica a valorização do trabalho braçal , em detrimento do conhecimento intelectual. Após tal descoberta passou a fazer total sentido para mim, a tela apresentar uma cabeça tão diminuta com braços e pernas tão grandes. Nossa , como sou bem informada! Da-lhe Google!
Minha amiga foi mais longe em sua capacidade de análise das obras de arte. Enxergou os cabelos esvoaçantes, onde uma certa “entendida” jurou se tratar da fumaça de uma fábrica.
Fomos capazes de identificar a valorização da cultura nacional em suas obras, que retratam paisagens e tipos bem brasileiros....
Descobrimos o que é um urutu, titulo do quadro que mostra uma serpente engolindo um ovo gigante. A Tarsila tinha mesmo problemas com a proporção , o ovo era bem maior que a serpente. Aprendemos, admiramos a beleza das obras, mas nos divertimos mais que tudo.
Depois de termos visitado as duas salas. Resolvemos ouvir a explicação do mediador, que mostrou-se bem disposto a esclarecer nossas duvidas. Mesmo tendo dito que já tínhamos visto todas as obras e só queríamos uma breve explicação, fez questão de nos acompanhar novamente pelas duas salas, mostrando-nos toda a exposição. Porem fez questão de deixar claro, que tinha dificuldade de falar alto, uma vez que morou na Alemanha e como lá as pessoas tem o habito de falar baixo, ele já não consegue elevar o tom da voz.
Éramos três a principio, para ouvir os esclarecimentos do guia. Mas um casal juntou-se a nos. E ai que começou a parte mais cômica da visitação . A mulher que a principio parecia entender muito de artes, não continha-se ao ouvir a explicação do mediador e sempre queria acrescentar sua opinião.
Essa foi a mesma que viu a fumaça, quando o guia afirmou tratar-se de cabelos esvoaçantes de uma mulher.
Sempre após a explicação do guia, acrescentava algo, como: mas pode ser isso assim, assim... E viajava, viajava... Nos também demos nossas viajadas, mas ela extrapolou. O guia já estava perdendo a paciência.
Quando chegamos diante de uma das obras mais famosas da Tarsila , Antropofagia, ela comentou que tem uma réplica, pintada por uma amiga e eu testei meu “vastíssimo conhecimento” sobre a obra, perguntando se de fato a explicação de que a obra faz uma critica ao trabalho forçado por isso o exagero na proporção dos braços e pés faz sentido. O guia discordou e eu recolhi-me a minha insignificância numa boa. A mulher insistiu que fazia sentido o que eu havia falado , também continuo achando que faz sentido porque fica complicado, por mais abstrata que seja a obra, justificar a desproporção das formas, em especial nessa obra em questão. Mas não ia discutir com alguém que não sabe falar alto porque morou na Alemanha. Ah, não ia mesmo!
Já cansado de ouvir as especulações artísticas da visitante, ele lança a seguinte pergunta, tentando provar a abstração da obra: "O que me dizem daquele vermelho , ali na tela?" Minha amiga e eu só então reparamos o rabisco vermelho. Mas a visitante não, ela precisava dar sua aula, ela não se continha em não expor seus conhecimento aprofundado e sua enorme capacidade critica, e, sem pestanejar, respondeu: E sangue! Temos um casal, enamorado. O sangue pode significar o parto... Olha daí por diante, não deu pra ouvir mais nada do que a tal mulher insistia em falar. Para supera-la, só mesmo o guia. Ao encerrar a mostra , com os pertences pessoais da artista, ele comentou o quanto ela era culta, que falava vários idiomas e arrematou com a seguinte frase: "Só não falava alemão melhor que eu! "Cada guia tem a visitante que merece! E minha amiga e eu alem de aprendermos a contemplar , nos divertimos muito!
Ps.: Contemplar, segundo o guia, e estar aberto a aprender... Para isso precisamos aprender a ouvir mais que falar.

sábado, 7 de abril de 2012

Ser feliz





Não quero viver os momentos

Apenas para ter o que contar

Nem pra preencher um álbum de fotografias

E numa rede social compartilhar

Quero muito mais, sei que muito mais

Do que isso está a me esperar

Quero viver, quero me alegrar

Sem com a opinião alheia me preocupar

Felicidade não é algo

Que precisamos querer mostrar...

Isso flui naturalmente

Não é preciso propagar

Ser feliz faz-se evidente no olhar.