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Neste blog exponho um pouco do meu modo de pensar e de sentir. Aqui expresso o que penso sobre o ser humano, a sociedade em que vivemos e a vida de um modo geral. Aquele abraço!































































































































Elisangela Furtado

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Neste blog exponho um pouco do que penso e sinto sobre o ser humano, a sociedade e a vida de um modo geral. Espero que de alguma forma os meus textos possam levá-lo(a) a refletir um pouco sobre a arte de viver.

Um forte abraço!



Elisângela Furtado

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Eu só persigo a paz







Eu só persigo a paz
Eu só desejo a paz
Só necessito paz
Não busco muito mais


Gosto da quietude
Fujo da agitação
Prefiro o sossego
A badalação


Preciso me calar
Pra poder me ouvir
E com a paz comigo
Feliz poder dormir


Quero ouvir os sons
Que acalmam o meu ser

Que encantam minha vida
E alegram meu viver


Como a brisa leve
Que toca o meu ser
Como a chuva fina
Que cai ao entardecer


Gosto de ouvir o som
Do pássaro a cantar
Ouvir alguns sussurros
Que em meio ao caos não da




É bom poder parar
E bem quieta ficar
Sentir a paz em mim
Ouvir o meu pulsar


Pra que eu vou correr
E me desesperar
Pra que vou competir
O que que eu vou ganhar?


Eu não desejo o pódio
Nem a bajulação
Quero amigos fieis
E uma linda canção.


Nesse mudo voraz
Que prega a agitacão
Eu fujo ao modelo
Sigo na contramão.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MENINA DE PORCELANA

Arriscando-me em  um conto!







  Era uma vez uma menininha, muito delicada, linda, amável, mas que muitas vezes ficava triste porque sua vida tinha muitas limitações. Ela era feita de porcelana. E por isso quase não brincava, não corria, não aprontava como as outras crianças...
Sua mãe costumava limpá-la com cuidado e a colocava sentadinha na cadeirinha, como uma louça que é posta na estante para ser admirada e ali ela ficava bem quietinha.
          A Menina de Porcelana olhava para as outras meninas e admirava-as por serem feitas de materiais bem mais resistentes que ela: havia a vizinha ao lado, a Menina de Madeira e amiga dela, que era a líder da turma, a Menina de Ferro. Todos a  admiravam pela sua força.
A Menina de Porcelana tinha medo de entrar numa brincadeira mais pesada, como queimado que era a preferida da galera da rua e levar uma bolada e se quebrar.
         E assim aquela menina ia passando os dias, sempre pelos cantos, vendo a vida passar. Mas um dia mudou-se para a sua rua uma menina especial, que chamou logo a sua  atenção. A tal menina andava sempre com um guarda-chuva enorme. E uma bela manha, a Menina de Porcelana criou coragem e aproximou-se da nova vizinha na calçada:
         – Oi, tudo bem? - Disse a Menina de Porcelana.
         – Tudo bem. Qual o seu nome? O meu é Doçura.
         – Doçura?! Que interessante! O meu é Delicadeza.
         –  Que belo nome você tem! o meu é Doçura pois sou feita de açúcar. E o seu, por que é Delicadeza? Do que você é feita?
         – Sou feita de porcelana. Ah, então agora entendi porque você esta sempre com esse guarda-chuva... Tem medo de derreter-se, se chover, né? Sua vida deve ser muito limitada também, não é mesmo?
         – Olha, eu tenho minhas limitações sim, se a chuva for muito forte eu posso derreter então vivo com meu guarda-chuva, caso caia uma chuva de repente. Mas não deixo de fazer a maioria das coisas de que gosto.
         A partir daquele dia, a Menina de Porcelana começou a agir diferente, ia mais à rua, conversava mais, até que um dia algumas meninas, entre elas a de Ferro e de Madeira a convidaram para brincar de queimado e ela sem graça e triste disse que não podia. As meninas saíram, debochando dela, que nunca entrava na brincadeira.
         Nesse momento, Doçura que se aproximava e ouviu a conversa, perguntou:
         –  Por que não pode? Vamos brincar!
         – Não posso, se eu levar uma bolada posso me quebrar toda.
         – Se você se quebrar, seus pais a colam novamente. O que você não pode é se privar das coisas de que tem vontade, não pode deixar de curtir a vida.
         Naquele dia, Delicadeza foi pra casa e ficou pensando no que Doçura lhe dissera. Começou a conversar com seus pais e sobre o assunto e descobriu que seus irmãos mais velhos já se quebraram muitas vezes e foram colados, mas como ela era a caçulinha seus pais tentavam protegê-la de tantas emendas, não queriam que ficasse cheia de “cicatrizes” como seus irmãos.
         No dia seguinte, ela resolveu chamar Doçura para brincar de bola. Queria treinar queimado. Doçura jogou com cuidado e ela não sofreu nenhuma rachadura. Com isso , Delicadeza foi ganhando confiança, até que um dia aceitou o convite das colegas de Madeira e de Ferro.        
Defendeu-se bem das boladas, acertou algumas nas meninas que ela via como tão fortes e quando já estava começando a se cansar, levou uma bolada não muito forte  na perna esquerda e sofreu algumas rachaduras. Doçura socorreu-a e levou a para casa, onde seus pais a colaram com carinho.
         A partir daquele dia, Delicadeza percebeu que quando enfrentamos nossos medos, eles ficam menores. Aos poucos ela foi conquistando confiança em si mesma e também a admiração das outras meninas, que já não a viam como tão frágil, mas apenas uma menina que como outras quaisquer têm seus pontos fracos.
         Demorou algum tempo até que Delicadeza descobriu que até mesmo a Menina de Madeira e a de Ferro tinham seus pontos fracos, afinal ninguém e inatingível. E assim Delicadeza passou a viver mais feliz, focando-se em suas qualidades que eram muitas, como inteligência, amabilidade, simpatia e quase nem se lembrava de suas limitações.
         Quando reconhecemos nossas fraquezas e contamos com a ajuda daqueles que nos amam, nos tornamos mais fortes e felizes.